sexta-feira, 29 de julho de 2011

LECTIO DIVINA, Domingo, 31 de julho de 2011, 18º Domingo do Tempo Comum – Ciclo A

A tua palavra é lâmpada para guiar os meus passos,
é luz que ilumina o meu caminho. (Salmo 119.105)

TEXTO BÍBLICO: Mateus 14.13-21

Jesus alimenta uma multidão  
13Ao saber o que havia acontecido, Jesus saiu dali num barco e foi sozinho para um lugar deserto. Mas as multidões souberam onde ele estava, vieram dos seus povoados e o seguiram por terra.  14Quando Jesus saiu do barco e viu aquela grande multidão, ficou com muita pena deles e curou os doentes que estavam ali.
15De tardinha, os discípulos chegaram perto de Jesus e disseram:
— Já é tarde, e este lugar é deserto. Mande essa gente embora, a fim de que vão aos povoados e comprem alguma coisa para comer.
16Mas Jesus respondeu:
— Eles não precisam ir embora. Deem vocês mesmos comida a eles.
17Eles disseram:
— Só temos aqui cinco pães e dois peixes.
18— Pois tragam para mim! — disse Jesus.
19Então mandou o povo sentar-se na grama. Depois pegou os cinco pães e os dois peixes, olhou para o céu e deu graças a Deus. Partiu os pães, entregou-os aos discípulos, e estes distribuíram ao povo.  20Todos comeram e ficaram satisfeitos, e os discípulos ainda recolheram doze cestos cheios dos pedaços que sobraram.  21Os que comeram foram mais ou menos cinco mil homens, sem contar as mulheres e as crianças.

1. LEITURA

Que diz o texto?
Pistas para leitura
Olá, Lectionautas!
As escrituras sagradas deste domingo convidam-nos a confiar de maneira plena no Senhor. Peçamos ao Espírito Santo que nos dê a sabedoria para poder tornar vivo em nossas vidas este pequeno fragmento da Sabedoria de Deus.
Jesus dá de comer a muita gente
Um acontecimento que entristeceu Jesus foi a morte de João Batista. Este foi um antecessor de Jesus, fez o trabalho de preparar o caminho para a chegada do Messias. Muitos chegaram a pensar que ele era o enviado anunciado pelos profetas.
A morte de João reafirma, para Jesus, que a hora de sua morte está próxima. E este é o motivo pelo qual Jesus se retira, sozinho. Vejamos como diz o texto: “Ao saber o que havia acontecido, Jesus saiu dali num barco e foi sozinho para um lugar deserto”.
A seguir, o texto narra: “Mas as multidões souberam onde ele estava, vieram dos seus povoados e o seguiram por terra. Quando Jesus saiu do barco e viu aquela grande multidão, ficou com muita pena deles e curou os doentes que estavam ali”.
Depois de ficar um tempo a sós, Jesus cura os enfermos, movido de compaixão por eles. Contudo, este comparecimento de Jesus não se deve somente à fé dos que o seguiram, mas ao fato de estes terem dado mostras de sua fé ao abandonar tudo o que tinham, ao segui-lo sem ter alimento e sem saber a que lugar Jesus se dirigia.
Em seguida, os discípulos aproximam-se de Jesus e lhe dizem: “Já é tarde, e este lugar é deserto. Mande essa gente embora, a fim de que vão aos povoados e comprem alguma coisa para comer”. Mateus menciona as características do lugar onde estavam; ademais, menciona a hora que era aproximadamente. Com isto, cuida de conferir maior veracidade ao milagre de Jesus, visto que, ao dizer que era um lugar solitário e que caía a tarde, pode entender-se que não havia possibilidade alguma de comprar ou de adquirir a comida em um lugar diferente daquele onde se encontravam. Podiam contar apenas com o que possuíam os discípulos: neste caso, cinco pães e dois peixes, como nos diz o texto.
Diante do pedido que os discípulos fazem a Jesus de mandar as pessoas para casa, Jesus responde-lhes: “Eles não precisam ir embora. Deem vocês mesmos comida a eles”.
É importante a ação de Jesus ao dizer-lhes que são eles os que devem dar de comer às pessoas, visto que, com isto, reafirma aos discípulos que eles serão os encarregados de cuidar das necessidades do rebanho. Além do mais, com isto Jesus os motiva a ter confiança nele e em si mesmos.
Diante do pedido de Jesus, os discípulos respondem: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes”.
Os cinco pães e os dois peixes dos discípulos são um sinal de como estes, apesar de serem Doze, não viviam na opulência, mas que renunciavam aos prazeres da carne. Ademais, quando Jesus lhes pede para reparti-los, eles não opõem nenhuma objeção e os entregam em obediência ao mestre.
Os discípulos ainda não conseguem compreender o que Jesus está querendo dizer-lhes, ainda não aprenderam a ter confiança em seu mestre.
A seguir, Jesus toma os cinco pães e os dois peixes, dá graças por eles ao Pai. Jesus faz isto para demonstrar que Ele saiu do Pai e que é igual ao Pai em tudo. Também para ensinar a todos que não devem sentar-se à mesa sem haver dado graças a Deus pelos alimentos.
Depois de dar graças, Jesus dá instruções a seus discípulos para que repartam a comida com as pessoas. Com isto, novamente, envia-os para que sejam os que demonstram a grandeza de seu mestre e se façam participantes dela. Além disso, com este gesto Jesus recorda a seus discípulos que, no momento de sua partida, serão eles os encarregados de continuar o pastoreio de seu rebanho.
O texto diz também que as pessoas comeram até ficar satisfeitas. Esta é a recompensa daqueles que decidiram seguir Jesus: foi tão grande que ficaram repletos. Por isso, vejamos como o texto ensina que o único alimento que pode saciar as necessidades dos homens é o que provém de Deus.
O sinal dos doze cestos que sobraram é a representação das 12 tribos de Israel, atendidas, agora, pelos 12 apóstolos. Também poderíamos entender como um símbolo de como o alimento é para todos, até para os que não estão ali. Poder-se-ia dizer que Mateus, com este texto, procura constatar que ainda são muitos os que não receberam o alimento que os faça ficar satisfeitos, mas que Deus, em sua imensa misericórdia, preparou a mesa para todos, e os espera, até que se decidam segui-lo. É um milagre duplo! Espiritual e moral.
Também devemos dar-nos conta de como Deus é terno e atento a nossas necessidades fundamentais. A multiplicação dos pães reitera a vontade de Deus de que a ninguém falte o alimento.
Para levar em consideração: A narrativa da multiplicação dos pães e dos peixes pode ser encontrada nos 4 evangelhos.
Outros textos bíblicos a serem comparados: Mc 6.30-46; Lc 9.10-17; Jo 6.1-14; Mt 15.32-39; Mc 8.1-10.

Perguntas para a leitura
·         Que fez Jesus ao saber da morte de João Batista?
·         Quando as pessoas perceberam que Jesus se afastava em um barco, qual foi a ação que realizaram?
·         Que faz Jesus quando desce do barco e observa toda a gente que o seguiu?
·         O que os discípulos pedem que Jesus faça?
·         Por que os discípulos pedem a Jesus que mande a multidão para casa?
·         O que Jesus ordena a seus discípulos?
·         Qual é a resposta dos discípulos quando Jesus lhes manda dar de comer à multidão?
·         Qual é a primeira coisa que Jesus faz antes de dar de comer às pessoas?
·         Quantos foram os que comeram até ficar satisfeitos?

2 – MEDITAÇÃO

O que me diz? O que nos diz?
Perguntas para a meditação
Perante este texto tão importante, devo indagar-me:
·         Vou em busca de Jesus, onde quer que ele esteja?
·         Deixei tudo para seguir a Jesus?
·         Tenho a confiança posta em Jesus?
·         Na missão que Deus me encomendou, confio em que Deus me dará o necessário?
·         A palavra de Deus é alimento que deixa minha alma satisfeita?
·         Sou capaz d desprender-me de meus pães e de meus peixes para partilhá-los com os demais?
·         Dou graças a Deus pelo alimento de cada dia?
·         Sou capaz de multiplicar os dons que Deus me deu, para colocá-los a serviço dos demais?
·         Deixo que Jesus me utilize para dar de comer a seu povo?

3 – ORAÇÃO

O que lhe digo? O que lhe dizemos?
A oração é a resposta que damos a Deus que se nos manifesta por primeiro.
Senhor, tu te manifestaste primeiro por meio de tua palavra.
Em tuas palavras, Jesus, encontro o alimento que enche minha alma.
Apresento-te meus pães e meus peixes, Senhor, para que me ajudes a multiplicá-los: quero reparti-los com os outros.
Obrigado, Jesus, pelos dons que recebi de tua generosidade. Obrigado porque nos alimentas até deixar-nos saciados.
Quero confiar em ti, Jesus, quero guiar minha vida segundo teu espírito. Senhor, ajuda-me a confiar somente em ti, a fim de poder servir aos demais, para fazer parte dos discípulos que escolheste para dar de comer a teu povo.
Senhor, confio em ti. Amém.

4 – CONTEMPLAÇÃO

Como interiorizo a mensagem? Como interiorizamos a mensagem?
Cada vez que nos encontramos face a face com as sagradas escrituras, estas vão lendo nossas vidas. Se deixarmos que elas fiquem inscritas em nosso coração como uma lei, então nossa vida terá um encontro verdadeiro com Jesus. Contemplemos a palavra de Deus, repetindo várias vezes em nosso coração:
Aqui tens, Senhor, meus pães e meus peixes.
Aqui tens, Senhor, minhas tristezas e minhas alegrias.
Aqui tens, Senhor, o que tenho e o que sou.
Multiplica minhas esperanças, Senhor.
Multiplica minha fé e minha fortaleza.
Multiplica nossa confiança em ti, Senhor…

5 – AÇÃO

A que me comprometo? A que nos comprometemos?
Propostas pessoais
·         Procure pessoas que tenham necessidade de ser alimentadas e ajude-as a saciar sua fome corporal.
·         Entregue-se à tarefa de buscar pessoas que tenham fome espiritual e ajude-as a saciar sua fome, levando-lhes a Palavra de Deus.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Da disputa em campo para o combate espiritual.

No alto, a cruz. E à frente, a Luz!!
Ontem, presenciou-se um jogo histórico. Não importa, aqui, saber se a pessoa é pelo Flamengo, Vasco, Santos ou qualquer outro time. Mas discutir a importância do não se render.
O placar do jogo evidencia uma vitória histórica, incomum, disputada. Entretanto, o que tem a ver isso com o combate espiritual?
Um detalhe chama atenção: ambos os times são vitoriosos, entretanto, o time que saiu vencedor da partida reagiu após estar perdendo por 3x0. Mais uma vez, a pergunta: o que isso tem a ver? Tudo.
Quantas e quantas vezes o pecado, a concupiscência nos fazem reincidir no danoso caminho do pecado... Quantas e quantas vezes, após uma maratona de lutas, uma queda... Estar no mundo e não ser do mundo é, muitas vezes, não sucumbir às derrotas aqui experimentadas. Estar no mundo e não ser do mundo é sempre não se entregar às falácias mortais, mesmo quando as próprias forças parecem inúteis. Em outras palavras, é manter acesa a chama da esperança, mesmo quando se luta contra todas as adversidades.
No jogo de ontem, o time que venceu estava jogando fora de casa e perdendo por um placar que, para muitos, já caracteriza uma goleada. Na vida espiritual, a pessoa está no mundo, mas é de um Reino que não é daqui: a Pátria Celeste. No combate espiritual, o indivíduo carrega as cruzes da mancha do pecado, caindo e levantando, para ser o que ainda não é, santo.
O ser cristão, nesse caso, é aquele em que se faz parte do Corpo de Cristo, Aquele que carregou a cruz e morreu. Mas nem a morte o segurou, ressuscitou ao terceiro dia e vive. É por isso que o verdadeiro cristão não teme a cruz, pois esse símbolo que representava a maior das desgraças tornou-se o símbolo da esperança e da vitória sobre a morte.
Assim, o cristão não deve abalar-se. Por mais que esteja perdendo, acredita, crê, pois está no time do maior dos vencedores: Jesus!
Um santo dia a todos!
Paz e Bem!
Allisom

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Papa_BentoO papa Bento XVI nomeou, nesta quarta-feira, 27, dom Manoel dos Reis de Farias novo bispo da diocese de Petrolina (PE), transferindo-o da diocese de Patos, na Paraíba. Ele sucede a dom Paulo Cardoso da Silva, 76, que teve seu pedido de renúncia aceito pelo papa, por limite de idade, conforme o Cânon 401 § 1º do Código de Direito Canônico.
Bento XVI nomeou também o monsenhor Gilson Andrade da Silva, 44, bispo auxiliar da arquidiocese de São Salvador, na Bahia.  Ele é reitor do Seminário Nossa Senhora do Amor Divino, da diocese de Petrópolis (RJ).
Dom Manoel
O novo bispo de Petrolina, dom Manoel dos Reis de Farias, nasceu no dia 23 de abril de 1946, em Orobó (PE). Foi ordenado padre em 6 de janeiro de 1983. Em agosto de 2011, foi nomeado bispo da diocese de Patos e recebeu a ordenação episcopal no dia 10 de novembro do mesmo ano. Tem especialização em Direito Canônico e seu lema episcopal é “Servir na unidade”.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

LECTIO DIVINA, Domingo, 24 de julho de 2011, 17º Domingo do Tempo Comum – Ciclo A

A tua palavra é lâmpada para guiar os meus passos,
é luz que ilumina o meu caminho. (Salmo 119.105)
TEXTO BÍBLICO: Mateus 13.44-52
O tesouro escondido
44— O Reino do Céu é como um tesouro escondido num campo, que certo homem acha e esconde de novo. Fica tão feliz, que vende tudo o que tem, e depois volta, e compra o campo.
A pérola
45— O Reino do Céu é também como um comerciante que anda procurando pérolas finas.  46Quando encontra uma pérola que é mesmo de grande valor, ele vai, vende tudo o que tem e compra a pérola.
A rede
47— O Reino do Céu é ainda como uma rede que é jogada no lago. Ela apanha peixes de todos os tipos.  48E, quando está cheia, os pescadores a arrastam para a praia e sentam para separar os peixes: os que prestam são postos dentro dos cestos, e os que não prestam são jogados fora.  49No fim dos tempos também será assim: os anjos sairão, e separarão as pessoas más das boas,  50e jogarão as pessoas más na fornalha de fogo. E ali elas vão chorar e ranger os dentes de desespero.
Verdades novas e verdades velhas
51Então Jesus perguntou aos discípulos:
— Vocês entenderam essas coisas?
— Sim! — responderam eles.
52Jesus disse:
— Pois isso quer dizer que todo mestre da Lei que se torna discípulo no Reino do Céu È como um pai de família que tira do seu depósito coisas novas e coisas velhas.

1. LEITURA

Que diz o texto?
Pistas para leitura
Olá, Lectionautas!
As escrituras sagradas deste dia convidam-nos a aprender a diferença entre os valores verdadeiros e os falsos. Continuemos a navegar no profundo oceano da palavra, assim como o fazemos a cada semana.
O tesouro escondido e a joia rara
Continuamos a estudar o evangelho de Mateus. Nesta passagem, assim como nas dos domingos anteriores, encontramos Jesus a ensinar por meio de parábolas.
A parábola do tesouro escondido no campo está muito ligada à da joia rara, visto que em ambas Jesus compara estas coisas valiosas com o Reino de Deus.
A razão de ser deste evangelho está no discernimento e na eleição a que estão chamados os discípulos. Escolher entre os verdadeiros e os falsos valores.
Devemos entender que o tesouro é um presente gratuito de Deus; por isso o texto fala de um tesouro encontrado no campo. Para ter acesso a ele, porém, deve-se vender tudo o que se possui.
Jesus precisa que seus discípulos compreendam que o mais valioso em suas vidas é o presente da palavra que lhes foi dado; como já sabemos, a eles foi concedido o conhecimento dos mistérios do Reino dos céus.
A dinâmica desta parábola baseia-se em três verbos: vá, venda e compre.
Vá, ou seja, saia de onde você está: implica mudar de atitude, deixar tudo, sair, buscar um novo rumo.
O vender tudo o que se possui ou vender todas as joias que guardamos é a chave para poder ter acesso ao tesouro do Reino de Deus. Isto significa que se deve deixar para trás tudo o que se considera valioso aos olhos dos homens. É despojar-se de tudo, da vida anterior.
A renúncia a todas as coisas do mundo é o desafio para aqueles que desejam gozar das maravilhas do Reino de Deus.
Compre, isto é, já despojado do que possuía antes, o cristão adquire nova condição, o verdadeiro tesouro. Para alcançá-lo, porém, é preciso passar pelos outros dois verbos anteriores.
Devemos também pensar na palavra de Deus como o tesouro que se encontra no campo, dando-nos conta de como esta é dada gratuitamente por Deus aos homens. Para compreendê-la, no entanto, e fazê-la própria, deve-se ter uma atitude de desprendimento das riquezas que muitas vezes existem no coração dos homens.
A rede
Os símbolos desta parábola são muito interessantes: Jesus compara o Reino de Deus com uma rede de pescar. Definamos a rede como o mundo inteiro, os pescadores como os anjos que lançam a rede, e os peixes são as pessoas de toda classe, raça e cultura.
Agora devemos prestar atenção ao versículo 47, que diz assim: o reino de Deus parece-se com uma rede de pescar. Os pescadores lançam a rede ao mar, e nela recolhem todo tipo de peixes. O ser uma única rede onde se recolhem toda sorte de peixes indica como, na hora do juízo final, julgar-se-ão todos ao mesmo tempo, mas de maneira individual, separando-se os bons dos maus. Mensagem clara de Jesus para anunciar que, nesse momento, não se farão distinções de nenhum gênero.
Jesus anuncia o que acontecerá com as pessoas más. O texto diz assim: os maus serão lançados no inferno, e ali terão tanto horror, que chorarão e rangerão os dentes. Mais uma vez, volta o tema do pranto e do ranger de dentes, como há alguns domingos passados.
Por isso, o que diferenciará os bons dos maus será a escolha entre vender todos os bens e comprar o tesouro encontrado no campo, ou possuir as riquezas sem dar importância ao tesouro que foi encontrado. Esta eleição será a chave para fazer parte do reino dos céus ou para ser lançado no fogo do inferno.
Coisas novas e velhas
O chamado que Jesus faz à conversão é evidente. Aquele que se encontra com o tesouro está chamado a converter-se; esta conversão, porém, deve levá-lo a deixar as coisas velhas para constituir-se de coisas novas.
O novo é o símbolo da boa-nova, a palavra que se dá gratuitamente ao mundo; o velho é sinal dos costumes errados, e que estão em desacordo com o ensinamento de Jesus.
Para levar em consideração: o evangelho de Mateus foi redigido entre os anos 70 e100 d. C.
Outros textos bíblicos a serem comparados: Pv 2.4; Dt 3.6; Mt 13.42; Mt 8.12.
Para continuar o aprofundamento destes temas, pode-se consultar a Bíblia de Estudo NTLH, o verbete: REINO DE DEUS.
Perguntas para a leitura
·         Qual é o sentimento da pessoa que encontrou o tesouro?
·         Quais são as ações que realiza aquele que encontra o tesouro no campo?
·         O que faz o comerciante que encontra a joia mais rara?
·         O que fazem os pescadores com a rede, depois que a recolhem do mar?
·         De quantos tipos de peixe a rede está cheia?
·         O que acontece com os peixes ruins?
·         O que acontecerá quando chegar o fim do mundo?
·         Que fim terão as pessoas más, quando chegar o fim do mundo?
·         O que acontece com o mestre da lei que se converte em discípulo de Deus?

2 – MEDITAÇÃO

O que me diz? O que nos diz?
Perguntas para a meditação
Perante este texto tão importante, devo indagar-me:
·         Sou capaz de deixar tudo o que possuo para receber o tesouro do Reino de Deus?
·         Dou mais valor às coisas do mundo do que ao presente da palavra que Deus me deu?
·         Para mim, o Reino de Deus, a mensagem de Jesus, são as coisas mais valiosas que possuo?
·         Já deixei as riquezas do mundo para fazer crescer as riquezas de Deus?
·         Se o tesouro da palavra de Deus me foi dado de presente, partilho com alegria este dom com os demais?
·         Faço parte dos peixes bons, ou faço parte dos maus, que serão lançados no fogo?
·         Deixei minhas coisas velhas para trás, a fim de receber as coisas novas que me vêm de Deus?
·         Continuo cometendo os mesmos pecados de há muitos anos?
·         Meu encontro com Cristo me fez um pessoa cheia de coisas novas?

3 – ORAÇÃO

O que lhe digo? O que lhe dizemos?
A oração é a resposta que damos a Deus que se nos manifesta por primeiro.
Ó Jesus, quantas vezes me afastei de ti?
Quantas vezes não dei mais valor às minhas próprias riquezas do que às coisas que tu me concedes…!
Quantas vezes, Senhor, não consegui desprender-me de mim mesmo para poder seguir-te…!
Dou-te graças, Jesus, porque me concedeste o tesouro de tua palavra.
Agradeço-te porque me ensinas quais são as verdadeiras riquezas.
Quero deixar para trás todas as coisas velhas; quero esquecer-me, Senhor, das coisas que eu considerava meus tesouros, a fim de poder deixar em meu coração o único verdadeiro tesouro, que é tua palavra.
Faze-me parte de teu Reino eterno, Senhor: não quero ser lançado no fogo eterno.
Quero, mestre, poder contemplar teu rosto, quando chegar o fim dos tempos.
Por isso, dá-me um coração que se esqueça de todas as suas riquezas, para que assim, apegado a teus mandamentos, dê frutos bons e possa partilhar com os demais o tesouro que recebi gratuitamente de ti.
Amém.

4 – CONTEMPLAÇÃO

Como interiorizo a mensagem? Como interiorizamos a mensagem?
Chegado este momento da Lectio Divina, nosso coração deve ser um terreno aberto onde possa depositar-se o tesouro mais valioso que temos: a palavra de Deus.
Interiorizemos esta palavra de Deus repetindo várias vezes em nosso coração:
Jesus, tu és meu único tesouro, minha única riqueza.
Jesus, tu és meu único tesouro, minha grande alegria.
Jesus, meu único tesouro, tua palavra é meu guia…!

5 – AÇÃO

A que me comprometo? A que nos comprometemos?
Propostas pessoais
·         Convidamos você a realizar uma obra de misericórdia (visitar enfermos, ajudar aos pobres, visitar os prisioneiros, partilhar seu tempo e suas coisas com os que necessitam de sua ajuda), desprender-se de si mesmo e colaborar com alguma destas necessidades que existem em nosso mundo.
Propostas comunitárias
·         Organizar um apostolado grupal, onde possam visitar um asilo, um hospital ou algum centro que requer nossa ajuda, não somente de coisas materiais mas também onde haja pessoas que reclamam nossa companhia e nosso carinho.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Jesus é a verdadeira “parábola” de Deus

Intervenção de Bento XVI por ocasião do Ângelus
CASTEL GANDOLFO, domingo, 10 de julho de 2011 (ZENIT.org) – Oferecemos, a seguir, a intervenção que Bento XVI fez hoje, no pátio do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, por ocasião do Ângelus.
Queridos irmãos e irmãs!
Eu vos agradeço por terdes vindo para o encontro do Ângelus aqui em Castel Gandolfo, onde cheguei há poucos dias. Aproveito com alegria esta ocasião para dirigir minha cordial saudação também a todos os habitantes desta querida cidade, com o desejo de uma boa estadia estival. Saúdo em particular nosso bispo de Albano.
No Evangelho deste domingo (Mt 13, 1-23), Jesus se dirige à multidão com a célebre parábola do semeador. É uma página de certa forma “autobiográfica”, porque reflete a própria experiência de Jesus, da sua pregação: Ele se identifica com o semeador, que espalha a boa semente da Palavra de Deus e percebe os diversos efeitos que obtém, segundo o tipo de acolhimento reservado ao anúncio. Existe quem escuta superficialmente a Palavra, mas não a acolhe; existe quem a acolhe no momento, mas não tem constância e perde tudo; existe quem está coberto pelas preocupações e seduções do mundo; e existe quem escuta de maneira receptiva, como a terra boa: aqui a Palavra dá fruto em abundância.
Mas este Evangelho insiste também no “método” da pregação de Jesus, isto é, justamente no uso das parábolas: “Por que lhes falas em parábolas?”, perguntam os discípulos (Mt 13, 10). E Jesus responde fazendo uma distinção entre eles e a multidão: aos discípulos, ou seja, aos que já se decidiram por Ele, pode lhes falar do Reino de Deus abertamente; no entanto, aos outros é preciso anunciar em parábolas, para estimular precisamente a decisão, a conversão do coração; as parábolas, de fato, por sua natureza, requerem um esforço de interpretação, interpelam à inteligência, mas também à liberdade. Explica São João Crisóstomo: “Jesus pronunciou estas palavras com a intenção de atrair a si seus ouvintes e de solicitá-los, assegurando que, quando se dirigirem a Ele, Ele os curará” (Comentário ao Evangelho de Mateus, 45,1-2). No fundo, a verdadeira “Parábola” de Deus é o próprio Jesus, sua Pessoa, que, no sinal da humanidade, esconde e ao mesmo tempo revela a divindade. Dessa maneira, Deus não nos obriga a crer n'Ele, mas nos atrai a Si com a verdade e a bondade do seu Filho encarnado: o amor, de fato, respeita sempre a liberdade.
Queridos amigos, amanhã celebraremos a festa de São Bento, abade e padroeiro da Europa. À luz deste Evangelho, contemplemos sua figura como mestre da escuta da Palavra de Deus, uma escuta profunda e perseverante. Devemos sempre aprender do grande patriarca do monaquismo ocidental e dar a Deus o lugar que Ele espera, o primeiro lugar, oferecendo-lhe, com a oração da manhã e da tarde, as atividades cotidianas. A Virgem Maria nos ajude a ser, segundo o seu modelo, “terra boa” na qual a semente da Palavra possa dar muito fruto.
[Tradução: Aline Banchieri.
©Librería Editrice Vaticana]

sábado, 9 de julho de 2011

IV FORMISE EM CAMPINA GRANDE




As temáticas trabalhadas forão: 1º Espiritualidade Missionária do Seminarista Diocesano, 2º A formação intelectual do seminarista e 3º A organização missionária do seminário. E como tema central: “Lançai as vossas vidas no caminho do Evangelho do qual brota a missão a serviço da vida.”

Romaria das Fraternidades. VENHAM TODOS!

Estamos esperando por você!

Clero da Diocese de Petrolina

Clero da Diocese de Petrolina participou do Retiro Espiritual nos dias 04-07/ 2011, no Centro Monte Carmelo. Foi muito bom com a ajuda de Deus e do Espírito Santo.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

BEM VINDO A IGREJA CATÓLICA



A Igreja Católica é a maior instituição existente na face da terra, uma Igreja edificada na pedra angular ao qual nosso Salvador Jesus Cristo edificou na pessoa do Apóstolo São Pedro, que o revelou não por inspiração humana, mas divina, "Tu és o Cristo o Filho do Deus vivo" ao revela este mistério quem era Jesus, Pedro recebeu das mãos do Senhor as chaves do reino dos Céus, "Tu és Pedro e sobre está pedra edificará a minha Igreja, esta Igreja edificada no singular por Jesus, entregue e confiada a Pedro, "a minha igreja" e não no plural "as minhas igrejas".
Somos de fato uma igreja única e familiar que tem valores e princípios éticos e acima de tudo tem a comunhão e a unidade com Deus que é nosso Pai, com Jesus que é nosso Redentor, e com o Espírito Santo que é nosso defensor e santificador, você caro irmão (a) que está afastado desta caridade trinitária e familiar que é a edificação e união verdadeira entre a Igreja e o amor de Deus está convidado a sempre participar da maior instituição unitária e familiar já existente na face da terra, que é a nossa Igreja, Santa, Católica e Pecadora.
Seja bem Vindo !!!  

POR SEMINARISTA JP BASTOS

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Evangelho do Dia

O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

25Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos peque­ninos. 26Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 27Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
28Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. 29Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde­ de coração, e vós encon­trareis descanso. 30Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Sexta-feira da 13ª Semana do Tempo Comum

1) Oração

Ó Deus, pela vossa graça,
nos fizestes filhos da luz.
Concedei que não sejamos envolvidos pelas trevas do erro,
mas brilhe em nossas vidas a luz da vossa verdade.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

2) Leitura do Evangelho (Mt 9, 9-13)

9Saindo daí, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e lhe disse: "Siga-me!" Ele se levantou, e seguiu a Jesus.10Estando Jesus à mesa em casa de Mateus, muitos cobradores de impostos e pecadores foram e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos.11Alguns fariseus viram isso, e perguntaram aos discípulos: "Por que o mestre de vocês come com os cobradores de impostos e os pecadores?"12Jesus ouviu a pergunta e respondeu: "As pessoas que têm saúde não precisam de médico, mas só as que estão doentes.13Aprendam, pois, o que significa: 'Eu quero a misericórdia e não o sacrifício'. Porque eu não vim para chamar justos, e sim pecadores."

3) Reflexão
*  O Sermão da Montanha ocupou os capítulos 5 a 7 do evangelho de Mateus. A parte narrativa dos capítulos 8 e 9, tem como finalidade mostrar como Jesus praticava o que acabava de ensinar. No Sermão da Montanha, ele ensinou o acolhimento (Mt 5,23-25.38-42.43). Agora, ele mesmo o pratica acolhendo leprosos (Mt 8,1-4), estrangeiros (Mt 8,5-13), mulheres (Mt 8,14-15), doentes (Mt 8,16-17), endemoninhados (Mt 8,28-34), paralíticos (Mt 9,1-8), publicanos (Mt 9,9-13), pessoas impuras (Mt 9,20-22), etc. Jesus rompe com as normas e costumes que excluíam e dividiam as pessoas, isto é, o medo e a falta de fé (Mt 8,23-27) e as leis da pureza (9,14-17), e não faz segredo das exigências para os que querem segui-lo. Eles terão que ter a coragem de largar muita coisa (Mt 8,18-22). Assim, nas atitudes e na prática de Jesus, aparece em que consistem o Reino e a observância perfeita da Lei de Deus.
*  Mateus 9,9:  O chamado para seguir Jesus.
As primeiras pessoas chamadas para seguir Jesus eram quatro pescadores, todos judeus (Mt 4,18-22). Agora, Jesus chama um publicano, considerado pecador e tratado como impuro pelas comunidades mais observantes dos fariseus. Nos outros evangelhos, este publicano se chama Levi. Aqui, o nome dele é Mateus que significa dom de Deus ou dado por Deus. As comunidades, em vez de excluir o publicano como impuro, devem considerá-lo como um Dom de Deus para a comunidade, pois a presença dele faz com que a comunidade se torne sinal de salvação para todos! Como os primeiros quatro chamados, assim o publicano Mateus larga tudo que tem e segue Jesus. O seguimento de Jesus exige ruptura. Mateus largou a coletoria, sua fonte de renda, e foi atrás de Jesus!
*  Mateus 9,10: Jesus senta à mesa junto com pecadores e publicanos
Naquele tempo, os judeus viviam separados dos pagãos e dos pecadores e não comiam com eles na mesma mesa. Os judeus cristãos deviam romper este isolamento e criar comunhão de mesa com os pagãos e os impuros. Foi isto que Jesus ensinou no Sermão da Montanha como sendo uma expressão do amor universal de Deus Pai. (Mt 5,44-48). A missão das comunidades era oferecer um lugar aos que não tinham lugar. Mas esta nova lei não era aceita por todos. Em algumas comunidades, as pessoas vindas do paganismo, mesmo sendo cristãs, não eram aceitas na mesma mesa (cf. At 10,28; 11,3; Gal 2,12). O texto do evangelho de hoje mostra como Jesus comia com publicanos e pecadores na mesma casa e na mesma mesa.  
*  Mateus 9,11: A pergunta dos fariseus
Para os judeus era proibida a comunhão de mesa com publicanos e pagãos, mas Jesus nem liga. Ele até faz uma confraternização com eles. Os fariseus, vendo a atitude de Jesus, perguntam aos discípulos: "Por que o mestre de vocês come com os cobradores de impostos e os pecadores?" Esta pergunta pode ser interpretada como expressão do desejo deles de quererem saber por que Jesus agia assim. Outros interpretam a pergunta como crítica deles ao comportamento de Jesus, pois durante mais de quinhentos anos, desde os tempos do cativeiro na Babilônia até à época de Jesus, os judeus tinham observado as leis da pureza. Esta observância secular tornou-se para eles um forte sinal identidade. Ao mesmo tempo, era fator de sua separação no meio dos outros povos. Assim, por causa das leis da pureza, não podiam nem conseguiam sentar na mesma mesa para comer com pagãos. Comer com pagãos significava contaminar-se, tornar-se impuro. Os preceitos da pureza legal eram rigorosamente observados, tanto na Palestina como nas comunidades judaicas da Diáspora. Na época de Jesus, havia mais de quinhentos preceitos para preservar a pureza. Nos anos setenta, época em que Mateus escreve, este conflito era muito atual.
*  Mateus 9,12-13: Eu quero misericórdia e não sacrifício
*  Jesus ouviu a pergunta dos fariseus aos discípulos e responde com dois esclarecimentos. O primeiro é tirado do bom senso: "As pessoas que têm saúde não precisam de médico, mas só as que estão doentes”. O outro é tirado da Bíblia: “Aprendam, pois, o que significa: Eu quero a misericórdia e não o sacrifício”. Por meio destes dois esclarecimentos Jesus explicita e esclarece a sua missão junto ao povo: “Eu não vim para chamar os justos, e sim os pecadores".  Jesus nega a crítica dos fariseus, nem aceita os argumentos deles, pois nasciam de uma idéia falsa da Lei de Deus. Ele mesmo invoca a Bíblia: "Eu quero misericórdia e não sacrifício!" Para Jesus a misericórdia é mais importante que a pureza legal. Ele apela para a tradição profética para dizer que a misericórdia vale mais para Deus do que os todos sacrifícios (Os 6,6; Is 1,10-17). Deus tem entranhas de misericórdia, que se comovem diante das faltas do seu povo (Os 11,8-9).

4) Para um confronto pessoal
1. Hoje, na nossa sociedade, quem é o marginalizado e o excluído? Por que? Na nossa comunidade temos preconceitos? Quais? Qual o desafio que as palavras de Jesus colocam para a nossa comunidade hoje?
2. Jesus manda o povo ler e entender o Antigo Testamento que diz: "Quero misericórdia e não sacrifício". O que Jesus quer com isto para nós hoje?

5) Oração final
Feliz o homem que observa os seus preceitos,
e de todo o coração procura a Deus!
De todo o coração eu vos procuro,
não deixeis que eu abandone a vossa lei! (Sl 118, 2.10)